8 de Março de 2012. Naquela que muitos consideravam uma missão impossível, o Sporting começou nessa tarde o caminho para tentar chegar aos quartos-de-final da Liga Europa. Era 269º jogo leonino nas Competições Europeias (e seria a 115ª vitória).
O adversário em Alvalade foi o Manchester City, líder do campeonato inglês e clube que nos anos mais recentes investia milhões atrás de milhões na sua equipa de futebol. Ricardo Sá Pinto, o treinador leonino (que já tinha substituído Domingos Paciência no decorrer da época) escolheu a seguinte formação: Rui Patrício; João Pereira, Xandão, Anderson Polga e Insúa; Daniel Carriço, Matias Fernández (Renato Neto 67) e Schaars; Izmailov (Pereirinha 69), Van Wolfswinkel e Diego Capel (André Carrillo (75).
Assumindo a diferença de valor entre as duas equipas o Sporting entrou na partida de forma cautelosa, sem arriscar muito, esperando o adversário e tentando sair em contra-ataque. Aos 10 minutos os leões deram o 1º sinal com João Pereira a entrar em velocidade na área e rematar para boa defesa de Joe Hart. 2 minutos depois o City criou a sua única verdadeira oportunidade de toda a 1ª parte, mas Rui Patrício defendeu brilhantemente com a perna direita uma cabeçada de Kolo Touré. Aos 24 Barry rematou perto da baliza leonina.
Aos poucos o Sporting foi equilibrando e até teve bons lances ofensivos, destacando-se claramente as prestações de João Pereira, Izmailov e Matias Fernández. O intervalo chegou com um ajustado 0-0.
O Sporting entrou bem na 2ª parte, mas David Silva criou muito perigo aos 48 minutos (a bola saiu por cima). Aos 51 surgiu o lance do jogo, com Matias a marcar bem um livre, Hart a defender para o lado e Xandão, na recarga a um remate seu, a atirar de calcanhar fazendo um golo magnífico!
O City reagiu e Aguero criou muito perigo pouco depois – valeu Rui Patrício. Nasri e Balotelli entraram em jogo, o City ameaçava mais, mas Van Wolfswinkel esteve muito perto de aumentar a contagem após uma boa assistência de Insúa.
Até final Kolarov (cruzamento para a trave), Silva e Balotelli (cabeçada na barra) criaram perigo, assim como Van Wolfswinkel depois dum trabalho brilhante de Carrillo.
O final chegou com um triunfo muito saboroso da equipa de Sá Pinto, um 1-0 que não garantia (como é óbvio) absolutamente nada em termos de eliminatória mas que funcionava como uma “injeção” enorme de moral na equipa verde e branca.
Individualmente, de destacar algumas excelentes prestações – Rui Patrício, João Pereira, Xandão, Carriço, Schaars (que grande jogo!), Izmailov e Matias.
Daí por uma semana era necessário um super-hiper Sporting para passar a eliminatória em Manchester. Seria provável? – não, seria expectável? – não. Mas era possível e os leões vieram a prová-lo!