23 de Outubro de 1927. À 2ª jornada do Campeonato de Futebol de Lisboa o Sporting voltou a mostrar as suas credenciais, depois duma bela exibição na partida inaugural frente ao Carcavelinhos.
Fruto de duas épocas anteriores frustrantes, os principais observadores não esperavam um Sporting tão forte neste início de temporada, mas a verdade é que a equipa embalou para uma grande época. Na Tapadinha, frente ao Benfica, Joaquim Filipe dos Santos escolheu o seguinte “onze”: Cipriano; António Penafiel e Jorge Vieira; Martinho de Oliveira, Serra e Moura e Matias; Filipe dos Santos, Abelhinha, Alfredo de Sousa, Cervantes e José Manuel Martins.
O Sporting entrou na partida com grande serenidade e confiança, mostrando-se desde o início superior ao seu adversário. Apesar disso o 1º período não foi bem jogado, com muitas bolas fora e pouco tempo útil de jogo.
A entrada na 2ª parte foi “à leão”. Aos 8 minutos já os verdes tinham 2 golos à maior apontados por José Manuel Martins no espaço de 1 minuto, e o 3º esteve “por um fio”. De destacar o 2º golo, marcado num livre direto a cerca de 25 metros da baliza de Jacinto, que nem sequer esboçou a defesa.
O Benfica quase entrou em pânico, mas como os sportinguistas não forçaram, os vermelhos foram pouco a pouco se recompondo. No entanto, à meia hora, Filipe dos Santos aumentou a parada com emenda preciosa a centro vindo da direita. Era o 3-0 final.
Antes do termo da partida Alfredo de Sousa ainda perdeu uma chance incrível de fazer o 4º golo.
Em termos individuais estiveram em grande destaque os 2 defesas leoninos (muito fortes e autoritários), Serra e Moura e Matias (que deram grande vigor ao meio-campo), Cervantes e José Manuel Martins (uma tremenda asa esquerda de ataque!)
Foto (arquivo): José Manuel Martins, a principal “estrela” da equipa de Futebol do Sporting por estes tempos.