Carlos Alberto Manaca Dias nasceu a 22 de Setembro de 1946 na cidade da Beira – Moçambique. Chegou ao Sporting no defeso de 1966, ainda muito jovem, proveniente do Sporting da Beira, e veio referenciado como um atacante muito forte fisicamente e bem dotado em termos técnicos.
Estreou-se oficialmente (com o treinador Fernando Argila) a 18 de Dezembro, no Barreiro, frente à CUF (triunfo por 3-1). Nessa época fez 4 jogos, normalmente como interior-esquerdo.
Nas duas épocas seguintes esteve emprestado à Sanjoanense, para regressar a Alvalade no Verão de 1969. Nessa época, em que o Sporting chegou ao seu 13º título nacional (com o treinador Fernando Vaz), o moçambicano atuou no meio-campo e na defesa (onde se viria a fixar) em 12 ocasiões. Em 1970/71 começou a jogar com regularidade (29 presenças) e ajudou ao triunfo na Taça de Portugal. No ano seguinte somou mais 20 jogos (embora sem ainda conseguir ser consistentemente titular).
Para 1972/73 Ronnie Allen apostou nele como lateral-direito, e Manaca realizou uma bela temporada com 32 jogos oficiais e 2 golos – estreou-se a marcar a 13 de Setembro de 1972 num triunfo em Alvalade frente aos escoceses do Hibernian (2-1) para a Taça das Taças. Coletivamente venceu a Taça de Portugal.
1973/74 foi uma das melhores épocas sempre para o futebol do Sporting. Na equipa de Mário Lino, Manaca voltou a ser protagonista ao fazer 39 jogos e marcar 4 golos – o último dos quais a 12 de Maio de 1974 (5-0 ao Olhanense) que seria o seu derradeiro de verde e branco. No ano seguinte voltou a jogar muito (31 jogos) mas acabaria por sair para o Vitória de Setúbal.
Com alguma surpresa, após 2 anos longe de Alvalade, voltaria (vindo de Braga) para o seu 3º período no clube no início da época 1977/78. Foi titular (com os técnicos Paulo Emílio – primeiro, e Rodrigues Dias – depois) mas sairia definitivamente no final, para Guimarães. Jogou pela última vez de verde e branco a 4 de Junho de 1978 num triunfo em Espinho por 2-0.
Fez um total de 8 temporadas na 1ª equipa do Sporting realizando 201 jogos oficiais e marcando 6 golos. Ganhou 2 Campeonatos Nacionais e 4 Taças de Portugal. Destacou-se por ser um jogador polivalente, lutador, mas ao mesmo tempo com uma capacidade técnica apreciável.
Em 1979/80 voltou a estar ligado ao clube de Alvaalde, pois num Vitória de Guimarães-Sporting fulcral para a atribuição do título de Campeão (o Porto lutava por fora) marcou o único golo da partida, na própria baliza. O caso conteve acusações gravíssimas de responsáveis portistas ligando o facto ao passado sportinguista de Manaca, que recusou claramente qualquer facto estranho. Na verdade, se se analisar as imagens da época, verifica-se que o golo foi acidental e um dos milhares de autogolos que já aconteceram na História do Futebol…
A verdade é nunca mais jogou no Vitória de Guimarães, passando depois por Estoril e Peniche (aqui chegou a acumular as funções de jogador e treinador), onde terminou a carreira em 1984. Mais tarde foi viver para o Canadá.