16 de Setembro de 1951. Nesse o dia, ao derrotar o Benfica por 4-3, o Sporting conquistou o 1º troféu da temporada futebolística – Taça Maia Loureiro, disputada no Estádio Nacional entre os “4 grandes” do nosso Futebol.

Da compita fizeram também parte o FC Porto (batido pelos leões uma semana antes por 4-2 – golos de Jesus Correia2, Travassos e Albano) e o Belenenses, que se defrontaram para disputa dos 3º e 4º lugares, tendo Matateu e José Maria Pedroto se estreado aí pelos “azuis da cruz de Cristo”.

O treinador do Sporting era Randolph Galloway, que apresentou a seguinte equipa: Azevedo; Caldeira e Juvenal; Barros, Passos e Veríssimo (Manuel Gervásio); Jesus Correia, Travassos, Galileu, Albano e Martins.

O jogo entre os 2 velhos arqui-rivais foi verdadeiramente surpreendente. Aos 3, 15 e 18 minutos o benfiquista Arsénio fez 3 golos que parecia terem resolvido a partida, mas o Sporting reagiu “à leão” reduzindo aos 39 minutos para 3-1 num belo remate de Albano ao ângulo superior.

Para o 2º tempo os verde e brancos entraram motivados a mudar os acontecimentos, conseguindo aos 47 minutos o 2-3 num remate de ângulo “impossível” de Jesus Correia – a bola, sem tocar em ninguém, entrou “sem espinhas” na baliza de Bastos, deixando toda a assistência boquiaberta.

Aos 68 minutos surgiu finalmente o golo do empate. Martins recebeu um passe de Albano, internou-se no terreno e rematou rasteiro, sem hipótese de defesa.

Quando já se pensava num possível prolongamento, Albano recebeu um passe, e fazendo uso da sua magnífica velocidade (em relação ao benfiquista Félix) conseguiu isolar-se e rematar em corrida fazendo um belo golo (que suscitou algumas dúvidas quanto à sua legitimidade, pois, na altura, o avançado que se encontrasse em linha era considerado em fora-de-jogo…). Após uma recuperação notável, o Sporting vencia a competição.

Segundo o jornal “A Bola”: “Passos foi a figura fulcral da organização defensiva sportinguista. O guardião Azevedo parecia um moço pela agilidade com que se exibiu e o meio-campo esteve muito combativo. No ataque, de realçar o acerto na colocação de Albano a interior esquerdo e da passagem de Travassos para interior direito. O Sporting formou uma unidade, ao contrário do seu adversário, mais desgarrado”.

Foto (arquivo): Albano, que marcou 2 golos nesta inesquecível final frente ao Benfica.

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