Julho de 1975. O sonho de João Rocha concretizou-se. O Sporting apresentou uma equipa na principal prova ciclística mundial. Para isso, o presidente leonino incluiu na formação um treinador estrangeiro (Raphael Geminiani, que não se relacionou muito bem com a principal figura da equipa – Joaquim Agostinho, que até ameaçou abandonar a competição por desavenças com o técnico) e alguns franceses.
Ainda assim, dos 10 ciclistas do Sporting que partiram chegaram 5. A equipa passou quase despercebida na competição, alcançando o 10º lugar entre 14 formações, o que para um coletivo com a inexperiência dos leões se pôde considerar digno.
Infelizmente, Joaquim Agostinho fez o seu “Tour” mais fraco com a pior classificação (15º), e falhou completamente na montanha, que até era uma das suas principais especialidades. Ferdinand Julien mostrou ser um bom ciclista, terminando no 20º posto. Francis Campaner foi uma deceção – depois de ter ganho uma etapa o ano anterior e ter feito um bom papel pela França no Campeonato do Mundo no Canadá, não foi além do 49º lugar. Fernando Ferreira, de 23 anos, sem experiência nestas andanças, acabou por ser uma boa surpresa, alcançando o 61º lugar. José Amaro demonstrou boa vontade e pouco mais, quedando-se por um modesto 83º lugar. Na turma leonina desistiram André Mollet, Firmino Bernardino, Bernard Labourdette, Joaquim Carvalho e Manuel Silva. Apesar de tudo, valeu pela experiência, muito enriquecedora.
Acrescente-se que o vencedor da prova foi o francês Thévenet. Agostinho ficou a 50m46s do vencedor.
Na foto, Joaquim Agostinho com Eddie Merckx (para muitos, o melhor ciclista mundial de todos os tempos).