13 de Julho de 1919. Sporting e Benfica tinham terminado o Regional de Lisboa empatados pelo que houve que recorrer a uma finalíssima (a duas mãos) para determinar o vencedor da competição. O 1º jogo realizou-se no terreno do Benfica, que aproveitou a ocasião para inaugurar o seu novo Estádio.
O Sporting alinhou com: Quintela; Amadeu Cruz e Jorge Vieira; Joaquim Caetano, Perdigão e Francisco Stromp; Torres Pereira, Jaime Gonçalves, Jusa e Marcelino. Só 10 jogadores!
Com um sol escaldante, que o calor de Julho se fazia sentir (e de que maneira…), as equipas apresentaram-se com o “freio nos dentes” fazendo da contenda uma questão de “vida ou de morte”. A exceção foi Artur José Pereira, que não se conseguindo livrar dos seus vícios de “estrela” só apareceu para jogar ao intervalo (!) – ele que estava na sua última época de verde e branco e obrigou os seus colegas a um esforço suplementar durante toda a 1ª parte.
A verdade é que a entrada em campo daquele que ainda era o melhor futebolista português deu outro brilho à equipa leonina, pois o jogo passou a ser muito bem distribuído pelo seu médio-centro. O público, maioritariamente fiel aos benfiquistas, contribuiu decisivamente para um clima de conflito, que esteve definitivamente instalado. A partida foi muito agressiva, com brigas constantes entre os jogadores.
Apesar de tudo o jogo acabou por ser bastante animado, de grande competitividade, e mau-grado o “handicap” dos leões decorrido do facto de lhes faltar um jogador durante metade do desafio, a expulsão do benfiquista Cândido de Oliveira acabou por gerar algum equilíbrio nesse aspeto.
Depois de muita incerteza, Perdigão marcou o golo solitário da partida, proporcionando aos leões uma vantagem importante para o jogo do “tudo ou nada” que se disputaria uma semana depois.
Entre os sportinguistas destacaram-se as exibições de Artur José Pereira (foto – só jogou uma parte mas ainda foi a tempo de ser a “estrela” do desafio), de toda a linha defensiva, Francisco Stromp, Perdigão e Jusa.