Entre Maio e Junho de 1912 o Sporting mostrou ao país (mais uma vez) a sua força ao triunfar claramente (pela 2ª vez) nos 3ºs Jogos Olímpicos Nacionais. O próprio Presidente da República esteve presente numa competição dividida por várias jornadas que ganhava cada vez maior protagonismo a nível nacional. A importância do certame também se pôde atestar pela numerosíssima presença de público, sempre muito animado com as incidências das diversas provas.
António Stromp (100m e 200m em 25,2s – recorde nacional), Gabriel Ribeiro (110m barreiras em 19,2s – recorde nacional), Matias de Carvalho (1.500m em 4m36s – recorde nacional e Crosse), Gabriel Ribeiro (salto em comprimento com corrida), Fernando Caetano Pereira (lançamento do disco) e António Soares Junior (1.000m em bicicleta) foram os vencedores individuais, duma equipa que, coletivamente, ainda triunfou na prova de estafetas, na Luta de Tracção (o momento da prova, na foto), no Crosse e na Maratona. Um verdadeiro regalo!
Mais uma vez, António Stromp (agora com 17 anos) mostrava ser o homem mais rápido do país. Na 1ª corrida de âmbito nacional de Crosse, Matias de Carvalho triunfou, logo seguido de mais 2 sportinguistas – João Aguiar e J. M. Carvalho. Nas bicicletas António Soares Junior dominou como quis, mantendo-se invencível. Aliás, anos atrás, no velódromo de Palhavã, afirmaram-se vários atletas como valorosos corredores de fundo, meio-fundo e velocidade. As suas qualidades aprimoravam-se em competição, mas o velódromo fechou… Entre os sprinters sobressaia um, era Soares Junior. De amador invencivel passou a profissional, para se bater com as estrelas do cimento. Quando o velódromo fechou era Campeão de Portugal nas corridas de velocidade. Os seus tempos eram iguais aos dos campeões do mundo e os seus sprints finais tornaram-se clássicos. Nunca deixou de treinar e mantinha-se, em 1912, como o melhor velocista do país, mostrando-se demasiado forte para os seus competidores (já em 1911 tinha vencido nas festas da República).