16 de Maio de 2001. Após um empate nas Antas a um golo e em Alvalade a zero, disputou-se a finalíssima da Supertaça entre Sporting e FC Porto. Apesar de jogar bom futebol, a equipa leonina não conseguia a regularidade que lhe permitisse estar na “cabeça” do Campeonato Nacional. Para ganhar algo nesta temporada só restava a Supertaça. A partida realizou-se em Coimbra, tendo o Sporting alinhado com: Schmeichel; César Prates, Beto, André Cruz e Rui Jorge; Hugo (Phil Babb) e Paulo Bento; Sá Pinto (Horvath), João Pinto e Pedro Barbosa; Acosta (Rodrigo Fabri).

O jogo foi de bom nível técnico e extremamente emotivo. A partida começou equilibrada com ligeira prevalência dos nortenhos. Aos 7 minutos Schmeichel lançou-se aos pés de Pena que fazendo grande “fita” mergulhou e levou a que o árbitro (Isidoro Rodrigues) assinalasse grande penalidade. Deco bateu para o lado esquerdo de Schmeichel. O dinamarquês adivinhou e fez uma defesa crucial.

A partida continuou na mesma toada, disputada e emotiva, mas a partir do quarto-de-hora com maior domínio sportinguista, até que aos 31 minutos Rui Jorge se preparava para assistir Acosta ou João Pinto para o remate frontal quando foi carregado por Capucho. No penalty respetivo Acosta rematou muito forte e colocado fazendo o seu último golo pelo Sporting (muito significativo).

O grande segredo para este importante triunfo leonino foi a forma correta como a equipa sempre defendeu. Muito solidária, muito “junta”, a turma verde e branca foi quase intransponível no seu último reduto. Com a expulsão de Beto (inexplicável), o FC Porto tentou pressionar mais, mas acabou por ser o Sporting a estar mais perto de marcar quando, em contra-ataque, Pedro Barbosa se isolou, “obrigando” Jorge Costa a ser expulso.

Sá Pinto e João Pinto foram duas “feras à solta” no ataque leonino (após a saída de Acosta no período final de inferioridade numérica), sempre prontas a criar perigo para o adversário. O final chegou com uma saborosa vitória leonina (a 4ª nesta competição).

Manuel Fernandes estava muito satisfeito após o termo do encontro: “Este é o meu 1º título como treinador do Sporting o que me deixa muito feliz. Os jogadores reagiram muito bem aos últimos resultados negativos e demonstraram um grande caráter em campo. Este jogo assemelhou-se aos dois que disputámos recentemente nas Antas em que fomos superiores na maior parte do tempo, mas agora conseguimos o triunfo. Fomos fortes tecnicamente e bravos. Os treinadores só são alguém se os seus atletas tiverem classe e carisma, e sinto que estes jogadores tudo fizeram para me oferecer este troféu”.

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