10 de Setembro de 1933. O Sporting apostou “a sério” no Ciclismo, e se na época anterior gastara cerca de 1.500$ com a modalidade em 1933 as despesas subiram para 10.500$! Alfredo Trindade foi recrutado a uma equipa chamada Rio de Janeiro pela qual vencera a Volta a Portugal em bicicleta, prova “rainha” da modalidade, no ano anterior. Não demorou até a nova “truta” se impôr de verde e branco pelas estradas nacionais.
No final da Volta a Portugal, Trindade triunfou com 43 minutos de avanço sobre o 2º classificado, o também sportinguista Ezequiel Lino (arrecadando 6.000$). José Marquez foi 8º a cerca de 3h10m, Castelão Romão foi 12º a 5h10m.
Coletivamente também o Sporting triunfou pela 1ª vez. Os ciclistas leoninos presentes na prova foram Alfredo Trindade, Ezequiel Lino, Fernando de Almeida, José Marquez, José Antunes Perna e José Castelão Romão. Com este número de atletas os leões formaram duas equipas, a 1ª constituída por Trindade, Lino e Almeida e a 2ª com Marquez, Perna e Castelão. Para a classificação coletiva contavam os pontos dos 2 primeiros classificados de cada equipa. A equipa A do Sporting venceu com mais de duas horas e meia de vantagem sobre o Benfica, enquanto a equipa B conseguiu classificar-se no 4º lugar.
Alfredo Trindade (na foto) venceu as etapas Santarém-Sines, Faro-Beja, Évora-Portalegre, Portalegre-Covilhã, Viseu-Vila Real, Vila Real-Bragança, Figueira da Foz-Leiria e Leiria-Lisboa alardeando uma superioridade incontestável sobre todos os adversários – basta dizer que o ciclista leonino não ficou abaixo do 6º lugar em nenhuma etapa!
A chegada da última tirada verificou-se no Estádio do Lumiar. Trindade pretendia lá chegar no 1º lugar e conseguiu-o com grande brilhantismo perante um entusiasmo impressionante do público que lhe prestou uma ovação como poucas ou mesmo nenhuma vez se tinha visto nos nossos recintos desportivos. Viram-se senhoras de pé (muitas com vestidos verdes) e flores caindo sobre a pista em homenagem ao ciclista do Sporting.
No final, justificando a sua vitória tão retumbante, Alfredo Trindade desvendou o segredo: “É fácil. Como comida caseira e tomo Ovomaltine. A sério! Sem intuito de fazer reclamo, é o alimento que melhor me faz. É a melhor reserva para o meu esforço muscular!”
Sabendo do seu prestígio no nosso país, a Federação Ciclista Brasileira convidou Alfredo Trindade para correr 3 provas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Nas duas primeiras corridas, com cerca de 200km cada, saiu vencedor o sportinguista. Na 3ª prova voltou a triunfar com o belo tempo de 2h53m para 110 km.
Segundo a imprensa da época, “perto de 30.000 emigrantes portugueses vibravam com os triunfos do ciclista lusitano”. Estes feitos de Alfredo Trindade no lado de lá do Atlântico, “abriram as portas” a outros ciclistas nacionais para provas no Brasil, onde alguns deles viriam também a conhecer o sucesso.
Srª Profª Drª Celeste de Sousa,
Estou interessado em adquirir o livro da biografia do seu pai.
Envie-me mensagem para o meu email, pf. Obrigado.
Com os Melhores Cumprimentos,
Eduardo Lopes
Obrigado Srª Profª.Drª.Celeste Sousa,
Já li o livro que escreveu sobre o seu pai. Muito interessante e de valor histórico inestimável.
Estou igualmente a escrever um livro de memórias do meu tio Eduardo Lopes.
Ele e o João Lourenço eram as grandes figuras do ciclismo de pista nos anos 40.
Os meus cumprimentos,
Eduardo Lopes
Sr. Eduardo Lopes,
Lamento informar que não possuo informações sobre Eduardo Lopes.
Celeste Ribeiro de Sousa
D.Celeste Sousa,
Dispõe de alguma informação ou fotos do ciclista Eduardo Lopes, que pertenceu à equipa do Sporting Clube de Portugal, em 1947? Ele também venceu a Alfredo Trindade e José Nicolau, numa prova no Alto do Parque Eduardo VII, por volta de 1932, com somente 15 anos de idade. Obrigado.
Os Meus Cumprimentos,
Eduardo Cunha Lopes
Também há dois volumes da biografia do ciclista português José Marquez (Marquês), “José Marquez – um campeão do ciclismo”, na biblioteca de Vila Chã de Ourique.
Sobre o ciclista português José Marquez (Marquês) – 1910-1991,
consulte-se também o seguinte endereço eletrônico:
http:issuu.com/patriaeditora/docs/pdf_completo
Leia-se a biografia “José Marquez – um campeão do ciclismo” (1910-1991), na biblioteca da União Velocipédica Portuguesa/Federação Portuguesa de Ciclismo, Rua de Campolide, 237 – Lisboa.
Ou na Torre do Tombo (Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas), Alameda da Universidade, Lisboa.
Ou na Biblioteca Municipal do Cartaxo.
Ou na Biblioteca Municipal de Santarém, Rua Braamcamp Freire.
Vale a pena recuperar a memória desses tempos, da VI VOlta a Portugal, por exemplo.