10 de Novembro de 2024. Estádio Municipal de Braga com mais de 25.000 pessoas. 11ª jornada do Campeonato Nacional, uma competição na qual o Sporting ainda só tinha ganho – a vitória neste jogo significava o igualar do recorde de 1990/91 (com Marinho Peres) de 11 triunfos consecutivos no início do Campeonato. Último jogo de Rúben Amorim antes de rumar ao Manchester United.
A equipa: Franco Israel; Debast (St. Juste 46), Diomande e Matheus Reis (Gonçalo Inácio 80); Geovany Quenda, Hujlmand, Daniel Bragança (Morita 57) e Maxi Araújo (Harder 57); Trincão, Gyokeres e Pote (Geny Catamo 26).
O jogo começou muito intenso, com o Braga a fazer tudo por tudo por ser a 1ª equipa a roubar pontos aos leões nesta temporada. O Sporting tinha mais posse de bola mas os locais foram quem inaugurou o marcador, aos 21 minutos. Centro para a área de Roger, alguma confusão, Debast a aliviar muito mal, mesmo para os pés de Ricardo Horta, que rematou forte a meia altura, sem qualquer hipótese para Franco Israel (que entretanto, foi claramente abalroado em falta!) – ainda assim, 1-0.
Pouco depois Pote lesiona-se e entra Geny Catamo para a ala esquerda, adiantando-se Maxi. O Sporting tinha muita bola, mas não era incisivo no ataque à baliza adversária. Quase “em cima” do intervalo, boa jogada do Braga, com Bruma a isolar Ricardo Horta, que voltou a não dar hipóteses a Israel…2-0!
O intervalo chegou com uma grande novidade nesta temporada – o Sporting perdia pela 1ª vez (e logo por 2). Em noite de Benfica-Porto, era muito importante para os leões ganhar para tirar partido do outro “clássico”, mas as coisas estavam complicadíssimas.
O Sporting entrou no 2º tempo empurrando o Braga para trás… cada vez mais para trás. Aos 57 minutos um momento importantíssimo do jogo (só mais tarde se viria a perceber) com as entradas em cena de Morita e Harder. Aos 59 minutos, canto de Quena, cabeçada fortíssima de St. Juste ao poste e recarga de primeira de Morita a reduzir o marcador – 2-1!
O Sporting ganhou confiança com o golo. Aos 61 minutos, jogada de Catamo pela esquerda e cruzamento rasteiro a que Gyokeres não chegou por pouco! Aos 72 Catamo obrigou Matheus a grande defesa.
O Sporting empurrava o Braga que estava praticamente todo colocado “em cima” da sua área. Aos 82 minutos, Hujlmand recebeu de Inácio, tirou Moutinho da frente e rematou de forma espantosa de longe, fazeno um golaço! Estava feito o empate!
A nossa equipa estava moralizada, o Braga encostado “às cordas”. O Sporting dava tudo para chegar ao triunfo. Sobre os 90 minutos, St. Juste recuperou uma bola, deu para Morita e este assistiu Harder para um golaço de belo efeito do dinamarquês – verdadeira explosão de alegria na Pedreira por parte dos adeptos do Sporting. O triunfo (que chegou a parecer uma miragem) estava ali, mesmo ao alcance! O Braga ainda tentou, mas sem qualquer hipótese, e aos 90+4, numa saída rápida, Trincão lançou Harder, que mais uma vez rematou colocado estabelecendo o 2-4 final. Toda a equipa correu para Rúben Amorim, o jogo terminou, o nosso treinador acabou o seu trabalho no Sporting com uma semana absolutamente incrível e um jogo épico.
As principais declarações de Rúben Amorim no final: ” O sucessor vamos saber, deve ser amanhã, não sei quando o clube vai anunciar. Acredito muitos nos jogadores, acredito no treinador e disse-o aos jogadores. Há coisinhas que vão ser diferentes, mas a pessoa que vai lá estar tem a minha essência (toda a gente falava em João Pereira, e confirmou-se no dia seguinte). Sei quem é, tem a minha essência. Isto estava planeado, acreditem ou não, mas não para tão cedo. Vão ter ser humildes, puxar uns pelos outros, sei muito bem. Conheço-os bem, por exemplo o Quaresma às vezes não treina tão bem, mas conheço-o bem em jogo e não o deixo ir para baixo. Todos sabem isso, o treinador que vem tem condições para levar a equipa até ao Marquês (…)A- cho que vai acrescentar coisas novas que um treinador que está cá há cinco anos não vê. Ninguém, nenhum treinador pode estar em piloto automático, nenhum treinador vende a ideia de outro. Mesmo o adjunto, tem de vender a sua ideia. Pode não ter tanta sorte, mas tenho a certeza que tem competência, vai dar um cunho novo, coisas diferentes. Só tem de ser o que é para olhar para a equipa, é inteligente, vai perceber o que pode fazer e o que não pode fazer”.
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