23 de Agosto de 2024. Estádio do Restelo. A nossa equipa principal feminina de Futebol entrou da melhor forma na nova temporada com a conquista da Supertaça, numa final realizada frente ao Benfica (depois de 2-0 ao Racing Power na meia-final, no Jamor, golos da norte-americana Brittany Raphino).

Para esta final, Mariana Cabral repetiu o onze da meia-final: Hannah Seabert, Ana Borges, Andrea Norheim, Georgia Eaton-Collins, Alícia Correia, Diana Silva, Brenda Pérez, Maiara Niehues, Jacynta Gala, Telma Encarnação e Brittany Raphino.

O jogo começou o de forma muito equilibrada. Telma Encarnação esteve perto de abrir o marcador, aos 13 minutos, mas Marit Lunt acompanhou a avançada leonina e afastou na hora certa. 2 minutos depois a madeirense voltou a tentar levar perigo, na sequência de um livre, mas falhou o alvo com a bola a sobrar para a confusão e Diana Silva a não chegar a tempo do remate.

Antes da meia-hora de jogo foi o SL Benfica que marcou. Andrea Norheim viu Cristina Martín-Prieto escapar pela direita, chegar à área sozinha e rematar cruzado para o 1-0, sem hipóteses para Hannah Seabert.

A formação verde e branca não desanimou e continuou focada na baliza encarnada, com Telma Encarnação a centímetros do empate, após receber da direita de Diana Silva. A seguir foi Jacynta Gala a tentar o golo, mas o remate saiu muito por cima.

O SL Benfica também tentou marcar mais um, mas, nas duas melhores ocasiões que criou, Hannah Seabert segurou o esférico sem problemas e assim manteve-se o resultado até ao intervalo.

Mariana Cabral começou logo a pensar em alterações, abdicando de Brenda Pérez – já amarelada – e fazendo entrar Fátima Pinto, não sabendo ainda que a 2ª parte seria de maiores dificuldades. O Benfica jogou a favor do vento, foi controlando melhor o jogo e foi conseguindo chegar com maior perigo à baliza verde e branca, enquanto o Sporting CP não conseguia sair a jogar com a qualidade da 1ª parte e criar o perigo que antes tinha criado.

Assim, aos 70 minutos, a treinadora leonina fez dupla substituição, com as saídas de Jacynta Gala e Brittany Raphino e as entradas de Maísa Correia e Cláudia Neto, reajustando também os posicionamentos, e a verdade é que o Sporting CP melhorou ofensivamente.

Após receber de Telma Encarnação desde a direita, Maísa Correia esteve perto do golo, mas o remate saiu com pouca força. Segundos depois, novo remate da jovem leoa com a bola a ir contra a defesa encarnada. Estava feito o aviso para logo a seguir acontecer o 1-1 (78 minutos) – Telma Encarnação ganhou a Laís Araújo e rematou certeiro para o 1º golo de leão ao peito e com festejo à Gyökeres! O lance começou por ser invalidado por possível fora-de-jogo da internacional portuguesa, mas o VAR validou-o.

Mariana Cabral mexeu de novo pouco depois, colocando Andreia Bravo em campo e fazendo sair Maiara Niehues. Logo a seguir, Maísa Correia entregou para Telma Encarnação, a madeirense cruzou para o coração da área e Cláudia Neto, sem marcação, surgiu para rematar e fazer o 2-1 aos 85 minutos.

Telma Encarnação saiu depois, com a merecida ovação, e entrou Ana Capeta para o seu lugar, com a árbitra Teresa Oliveira a dar mais 8 minutos de jogo, muito intensos, com o Benfica a tentar o empate e o Sporting CP à procura do 3º golo, que esteve prestes a acontecer num remate ao poste de Ana Capeta aos 90+5 minutos.

Já passava do tempo dado e o Benfica ainda ameaçou em 2 cantos seguidos, com a defesa leonina a mostrar-se muito consistente e no contra-ataque o Sporting CP a ter a hipótese de fechar com o 3-1: a guardiã encarnada tinha subido para as bolas paradas, demorou a regressar à baliza, Cláudia Neto aproveitou e rematou na direção da baliza deserta com Maísa Correia a tentar encostar, mas a bola saiu ao lado. O apito final surgiu logo a seguir e deu lugar à festa verde e branca.

Mariana Cabral mostrou-se naturalmente satisfeita: “As mudanças na equipa na 2ª parte foram importantes, a forma como elas entraram foi muito importante e acabámos por conseguir dar a volta ao resultado. Elas estiveram muito bem, acreditaram até ao final e isso nem sempre é fácil, até porque depois de termos começado melhor, sofremos um golo. Perante um adversário muitíssimo competente, como é o Benfica, não era fácil dar a volta, mas elas acreditaram e acho que merecemos a vitória (…) são sempre jogos muito divididos, muito competitivos, com margens muito pequenas e espaços muito disputados (…) Na época passada, tivemos ocasiões para ganhar e acabamos por perder, mas aprendemos na forma como temos de interpretar os jogos até ao final e acho que hoje demonstrámos isso (…) Antevejo uma vida muito boa para a Telma e para o Sporting CP também. Ela trabalha muito bem, trabalha para a equipa, é muito humilde, tem estado bem ela e todas as outras que vieram também”.

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