Nasceu em 25 Março de 1917. Começou a sua carreira de ciclista em Marrocos onde era conhecido por “Jean Lorenzo” e começou a dar nas vistas. No Outono de 1939, quando vivia em França, foi convidado pelo dirigente sportinguista Retamoza Dias (um grande entusiasta do Ciclismo), para ingressar no Sporting.

A 22 de Outubro de 1939 obteve a sua 1ª vitória de verde e branco. Foi na “Taça Olympique”, realizada em Lisboa. No ano seguinte começou a colecionar triunfos. A 31 de Março de 1940 venceu a clássica de “100km da União Velocipédica a Portuguesa”. Cerca de 1 mês depois sagrou-se Campeão Distrital de Fundo e mais duas semanas se passaram até triunfar na prova “Lisboa-Caldas da Rainha-Lisboa”. A 23 de Junho foi Campeão Regional de Velocidade e uma semana depois venceu o “Lisboa-Peniche-Lisboa”. Na 9ª Volta a Portugal ficou no 4º lugar (numa prova em que dominou nos primeiros dias). Em Setembro voltaram os triunfos, no 2º “Grande Circuito da Foz” e no 11º “Giro do Minho”.

Em 1941 voltou a ganhar os “100km da UVP” (em Março). No mês de Setembro triunfou no 2º “Circuito da Bairrada”. Na Volta a Portugal, onde ficou no 5º lugar final, ganhou 10 das 24 etapas estabelecendo um novo recorde da competição (que se mantém actual).

A temporada de 1942 foi impressionante. João Lourenço venceu os “50km de Abertura”, foi Campeão Distrital de Fundo, triunfou nos “100km em Contra-Relógio”, foi Campeão Distrital de Velocidade, Campeão Nacional de Velocidade, Campeão Nacional de Fundo, venceu o 1º “Circuito da Mealhada”, o “Circuito do Comércio” (em Palma de Maiorca) e o “Circuito da Malveira” – uma época, a todos os títulos, portentosa!

Em 1943 manteve o “andamento”. Em Março triunfou no 3º “Circuito de Lisboa”, nos “100km do Distrital de Fundo”, no Campeonato Distrital de Velocidade, no Campeonato Nacional de Velocidade e a 3ª “Rampa do Vale de Santo António”.

No ano seguinte começou por triunfar no Regional de Velocidade, mostrando uma pujança impressionante no despique com Eduardo Lopes (da Iluminante). Foi também Campeão Nacional de Velocidade (pelo 3º ano consecutivo), no Estádio do Lumiar, e após mais uma luta emocionante com Eduardo Lopes (que mais tarde também representou o Sporting).

Mantendo uma cadência magnífica de vitórias, João Lourenço voltou a brilhar em 1945. Tudo começou pela “Prova de Abertura”, seguindo-se os títulos distritais do Sul em Velocidade e Fundo. Depois veio o”Circuito da Bairrada”, o “Circuito de Alenquer”, o Lisboa-Santarém-Lisboa”, o Lisboa-Azambuja-Lisboa” e o “Circuíto do Oeste”.

Em 1946 perdeu algum fulgor, ainda assim ganhou duas etapas na Volta a Portugal e outras duas na Volta a Espanha.

No ano seguinte voltou a arrasar, com triunfos na “Clássica de 50km da UVP” em Contra-Relógio, nos “100km da UVP” (também em Contra-Relógio), nas “12 Voltas à Gafa” e no “Circuito de Óbidos”. Triunfou também numa etapa (3º lugar final geral) na “Volta a Marrocos”.

No ano de 1948 triunfou no “Circuito dos Campeões”, prova organizada pelo jornal “A Bola”, que dizia no dia seguinte: “João Lourenço impôs-se, como é hábito” – sintomático. Neste mesmo ano foi mais uma vez Campeão Regional de Fundo e triunfou no “Circuito das Gaeiras”.

Em 1949 triunfou no “Festival de Pista Benfica-Sporting” e foi Campeão Regional de Velocidade.

A 15 de Abril de 1950, já com 33 anos, ganhou a 1ª prova da época, os “100km  da UVP”, superiorizando-se ao benfiquista Império dos Santos. Esse foi o seu último triunfo significativo após 12 anos impressionantes em que patenteou um nível extraordinário pelas estradas de Portugal e não só, ficando para a História como um dos nomes maiores do Ciclismo sportinguista.

Morreu em Setembro de 1998.

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