21 de Março de 1935. Neste dia o Sporting, ao derrotar o Belenenses, sagrou-se bicampeão Regional, alcançando o Benfica em títulos (9), adversário que viria a ser largamente ultrapassado.

Sporting, Benfica e Belenenses chegaram empatados ao final do Campeonato Regional de Lisboa. Para decidir a atribuição do título houve que disputar um mini-campeonato a 3. Em Dezembro o Sporting já derrotara o Benfica por 2-1 e restava agora a partida decisiva frente aos azuis, jogo realizado em Santo Amaro.

Treinados por Joaquim Filipe dos Santos, os leões alinharam com: Dyson; Jurado e Joaquim Serrano; Abelhinha, Rui de Araújo e Faustino; Rui Carneiro, Vasco Nunes, Soeiro, Ferdinando e Francisco Lopes.

Este foi um jogo muito violento que não deixou grandes saudades. Muitos nervos foram mostrados por ambas as equipas, que não jogaram um bom futebol, se bem que o Sporting se tenha sempre superiorizado. A entrada no jogo foi “à leão”. Logo de início, com assistência de Soeiro, Ferdinando inaugurou o marcador. Devido a uma mão de Belo, aos 4 minutos, Rui Carneiro fez de penalty o 2-0.

O Belenenses não se conformou com a desvantagem, insistindo no ataque, e num lance de grande confusão em que Dyson não foi completamente decidido, Justiniano reduziu. As “escaramuças” começaram entretanto perante a complacência do árbitro, que mostrava pouca autoridade.

Quando os azuis procuravam o empate, Soeiro arrancou de forma poderosíssima, rematou com força, Lanceiro não segurou e Francisco Lopes fez sem problemas o 3-1. Antes do intervalo Francisco Lopes aumentou a conta (um golo “o mais regular possível” segundo o jornal “Os Sports”), mas o árbitro anulou por mão do extremo leonino.

Logo no início do 2º tempo (para o qual entrou muito bem) o Sporting elevou a parada. A centro de Francisco Lopes, Soeiro (foto de arquivo) não perdoou. Até final o Belenenses ainda reduziu por José Luís (estabelecendo o 4-2 final) e a partida decorreu com domínio alternado e muita violência. Vasco Nunes e Viegas, Soeiro e Justiniano, Ferdinando e Rodrigues Alves, passaram o tempo em “despiques rancorosos”.

O trio defensivo, Rui de Araújo (que procurou sempre acalmar os ânimos sem o conseguir) e Soeiro foram os sportinguistas mais em destaque na partida que consagrou os leões Campeões de Lisboa pela 9ª vez.

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