25 de Junho de 2022. Pavilhão João Rocha. 3º jogo da final do playoff do Campeonato Nacional de Futsal. A equipa do Sporting poderia sagrar-se campeã nacional pois tinha ganho os 2 primeiros jogos – 5-4ap em casa e 4-3ap fora.
O Sporting-Benfica é considerado por muitos o melhor jogo do mundo de Futsal, e estas partidas finais confirmaram essa ideia. Apesar de no final o Sporting, em termos de jogos ter triunfado por 3-0, a emoção, a competitividade e a incerteza no resultado estiveram presentes nas 3 partidas, mas o Sporting teve sempre aquele “bocadinho” a mais que define os campeões!
O grande ambiente de expectativa para o dérbi já se vivia horas antes do início da partida, com milhares de sportinguistas nas redondezas do Pavilhão João Rocha. Os bilhetes esgotaram pouco depois de terem sido colocados à venda.
O Sporting CP iniciou a partida com Guitta, Tomás Paçó, Diego Cavinato, Alex Merlim e João Matos.
Os leões assumiram desde o início o comando do desafio. Alex Merlim foi o primeiro a ameaçar, seguido de um tiro de Pany Varela para defesa de André Sousa (grande exibição do guardião encarnado). Aos 4 minutos, Pany Varela acertou no poste. Logo a seguir Pauleta combinou com Erick Mendonça e finalizou com classe – 1-0 e “explosão” de alegria no João Rocha.
O 2º golo esteve perto em situações protagonizadas por Tomás Paçó, Zicky Té e Cardinal, mas André Sousa defendeu sempre. Aos 13 minutos Alex Merlim fez a reposição lateral e Diego Cavinato apareceu com espaço ao segundo poste para enviar a bola para o fundo das redes – 2-0!
O encontro esteve interrompido depois durante alguns minutos devido a confusão na zona do banco de suplentes do Benfica, mas retomou com a mesma toada: Sporting CP melhor e quase sempre a dominar. Uma das poucas oportunidades visitantes aconteceu aos 16 minutos, quando Arthur, de cabeça, acertou na barra.
A seguir o Sporting chegou às 6 faltas e o Benfica teve um livre de 10 metros. Com Gonçalo Portugal na baliza, Arthur acertou no poste. A 2 minutos do intervalo, Pauleta trabalhou muito bem pela direita e serviu Cardinal na perfeição – o pivô não falhou e marcou o 3-0 que se verificava no final da 1ª parte.
O Benfica (já sem nada a perder – porque tudo parecia perdido – tentando dar o que tinha e o que não tinha) entrou melhor para a 2ª parte, mas Pauleta até ficou perto de bisar – mais uma defesa de André Sousa – que depois reduziu, com um remate forte e desvio em Alex Merlim – 3-1!
Aos 28 minutos, Arthur acertou na trave, mas 5 minutos depois Pany Varela atirou à barra e a recarga sobrou para Zicky Té, que marcou para mais uma “erupção” do vulcão verde e branco – 4-1!
O Benfica voltou a reduzir no minuto seguinte, agora por Arthur, e apostou no 5×4. O quarteto João Matos, Pany Varela, Alex Merlim e Erick Mendonça (em conjunto com Guitta) quase nunca deram muito espaço aos adversários, mas a 1 minuto do fim Arthur reduziu para 4-3!
Depois de muita pressão perto da baliza leonina, num “último suspiro”, Arthur acertou no poste e Guitta agarrou na bola. Soou a última buzina e rebentou a festa!!!
O Sporting CP sagrou-se bicampeão Nacional (17º título no total) culminando uma temporada perfeita a nível interno em que conquistou tudo!
A equipa: Guitta e Gonçalo Portugal; Tomás Paçó, Zicky Té, Fernando Cardinal, Erick Mendonça, João Matos, Pauleta, Diego Cavinato, Pany Varela, Alex Merlim e Esteban Guerrero.
Nuno Dias, na conferência de imprensa, fez-se acompanhar pela restante equipa técnica, e começou por agradecer aos elementos que consigo trabalham diariamente: “Eles são formidáveis, fantásticos, e merecem este reconhecimento da minha parte (…) com todas as condicionantes e situações difíceis, só com pessoas de uma competência extrema, como é o caso destas, é que foi possível ganhar (…) agradeço também a todos os atletas (…) A época começou com apenas 5 ou 6 seniores devido aos compromissos das seleções. Foram várias semanas da época em que tivemos essas ausências. Felizmente, tivemos atletas sub-20 que nos ajudaram quando não tínhamos muitas soluções para treinar. Época desgastante e difícil que nos obrigou a jogar às quartas-feiras e aos sábados. Tivemos sucesso em todas as situações. Conquistámos a Supertaça com brilhantismo, Taça da Liga e Taça de Portugal, vice-campeões da Europa e eliminámos agora o Benfica, uma grande equipa, com um pleno de 3-0. A época foi brilhante (…) Se olharmos para a equipa do Benfica, não me parece que tenha sido decidido pela experiência. (…) Há muito mais coisas que fazem a diferença, a começar pela qualidade dos jogadores e pela forma como são unidos. (…) Acho que a garra, a união, a cooperação, o espírito de equipa, a qualidade e a forma como colocam em prática as estratégicas que lhes damos são mais importantes. Há muita coisa que não a experiência que está a fazer a diferença”.
Já depois de Tomás Paçó invadir a conferência de imprensa e dar um banho a Nuno Dias, Paulo Luís (treinador adjunto) destacou a força mental como um aspeto muito positivo do grupo e deixou fortes elogios a Nuno Dias: “Temos de agradecer e muito a forma como ele consegue gerir esta equipa técnica e atribuir responsabilidades sérias a cada um de nós. Esta soma de partes vai dar a um todo e ele tem uma capacidade de liderança extraordinária. Muito do mérito é dele”.
Por fim, Filipe Rodrigues (também treinador adjunto) explicou que ainda não se está a pensar no próximo título, mas tal acão está para breve: “Hoje ainda não, que é tempo de festejar e recuperar de uma época muito longa, mas há de haver esse pensamento para breve, quando começarmos a pensar na próxima época”, contou o treinador-adjunto.