19 de Junho de 2016. Durante a temporada o Sporting CP já tinha conquistado a Taça da Liga e a Taça de Portugal. Agora, na final do Campeonato Nacional, a equipa leonina confirmou a sua superioridade e bateu o Benfica pela 3ª vez, sagrando-se campeã nacional pela 13.ª vez.
Ao contrário do que se poderia esperar (por se tratar dum jogo decisivo) o encontro começou com as duas equipas sem medo de arriscar. Os primeiros avisos surgiram por Bruno Coelho, para o Benfica, e por Merlim, para o Sporting, e os golos vieram logo de seguida. Primeiro os leões, com Fortino a receber de costas e a deixar para Caio Japa para um remate indefensável. Depois o Benfica, que não demoraria a reagir e fez o empate após um ressalto deixar Alan Brandi isolado.
O jogo prosseguiu bastante equilibrado, com as duas equipas a demonstrarem vontade de marcar mas com os guarda-redes a provarem uma vez mais a sua enorme valia. Marcão evitou a reviravolta com uma boa mancha a Fábio Cecílio e, na sequência dum livre estudado por Nuno Dias na sua pausa técnica, Juanjo negou o golo verde-e-branco a remate de Cary. Uns minutos depois, de novo o guardião espanhol do Benfica a evitar o 2º leonino, desta feita a remate de Djô – mas depois duma super-jogada de Merlim, o italo-brasileiro serviu João Matos que só teve de encostar para o 2-1.
Até final da 1ª parte mais uma incrível defesa de Juanjo a evitar um golaço de Merlim, e depois, com a equipa de Nuno Dias a fazer a 6ª falta, o Benfica tornou-se mais perigoso aproveitando a menor agressividade dos leões no processo defensivo.
As cautelas que se esperavam neste 4º jogo chegaram apenas depois do intervalo, com o Sporting CP a arriscar menos e o Benfica a mostrar-se incapaz de muitos desequilíbrios. Ainda assim, num deles, Bruno Coelho rematou para a primeira grande defesa da 2.ª parte. Na resposta, Caio Japa ficou muito perto do 3º num remate acrobático de recarga. A equipa verde-e-branca poderia ter sentenciado o jogo e por consequência o título, mas Diogo, depois duma oferta das águias, rematou por cima e os encarnados, à distância de um golo, pressionaram cada vez mais, usando nos últimos minutos o guarda-redes avançado, mas foram poucas as ocasiões que criaram, tendo encontrado sempre Marcão pela frente.
O Sporting alinhou com Marcão; João Matos, Djô, Alex Merlim e Fortino. Estiveram ainda presentes João Benedito e André Sousa; Caio Japa, Varela, Pedro Cary, Diogo, Miguel Ângelo, Cavinato e Fábio Lima.
No fim, título para o Sporting CP, que precisou de 4 encontros para derrotar os rivais e provar a sua superioridade, demonstrada não apenas na final mas em toda a temporada – marcada por vários recordes e exibições de grande nível.
Neste 4 jogos finais do play-off o Sporting venceu e perdeu em casa (3-0 e 1-2) e triunfou em ambos os jogos na Luz (2-1 e 2-1).
Anteriormente os leões já haviam afastado o Belenenses – 9-0 (f) e 6-1 (c) e o Braga 2-2 – 1-2p (f), 3-2 (c) e 5-3 ap (c).
Na fase regular o Sporting venceu claramente com 24v 1e 1d, 146-22 em golos (em média menos de 1 golo sofrido por jogo!) e mais 8 pontos que o Benfica.
O melhor marcador do Campeonato foi o brasileiro Diogo, do Sporting, com 35 golos. Os italianos Cavinato (33) e Fortino (29), também do Sporting, foram os seguintes.
Nuno Dias, treinador leonino, que conquistou o seu 3º Campeonato Nacional no Sporting CP, estava emocionado e feliz: “Quero dedicar esta medalha às minhas filhas. O jogo foi de sofrimento, de entrega, de espírito de campeão. Os jogadores estão de parabéns. Analisem a época que eles fizeram – Taça de Honra, Taça da Liga, Taça de Portugal, o Campeonato, os recordes… Mais do que justa a nossa vitória. Quero deixar também uma palavra à minha equipa técnica, que é incrível (…) o rival foi um adversário à altura – grande equipa que nos obrigou a um desgaste tremendo – por alguma razão eram campeões”.
O final de tarde na Praça Centenário foi apoteótico. Mal acabou o encontro que consagrou a equipa campeã, sócios e adeptos leoninos começaram a chegar ao local, ávidos de receber os seus heróis.
O momento da chegada do autocarro com a comitiva verde e branca foi arrepiante, com os aplausos e gritos de alegria a tomarem conta do ambiente. Apesar das naturais medidas de segurança, os jogadores não resistiram a conviver de perto com os seus apoiantes, que foram fundamentais nesta conquista. Descontraídos, posaram para a fotografia, assinaram autógrafos e deram largas ao seu contentamento, fazendo depois questão de posar com o troféu conquistado, erguido bem alto por Miguel Albuquerque (diretor do futsal do Sporting CP) e Vicente Moura (vice-presidente das modalidades do Clube) para que todos o pudessem apreciar e debaixo de enorme ovação.
A festa prolongou-se e o plantel seguiu mais tarde para um jantar de grupo num restaurante em Lisboa, para continuar uma comemoração em grande pelo merecido título.