25 de Outubro de 2015. Era enorme a expetativa para o Benfica-Sporting para o Campeonato, sobretudo com o regresso de Jorge Jesus ao Estádio da Luz para enfrentar a equipa (agora) de Rui Vitória. Perante perto de 65.000 pessoas o treinador leonino apostou na equipa esperada: Rui Patrício; João Pereira, Paulo Oliveira, Naldo e Jefferson; William Carvalho; João Mário, Adrien (Aquilani 77) e Bryan Ruiz; Teo Gutíerrez e Slimani (Gelson Martins 85).
O Benfica entrou com alguma prevalência em jogo. Aos 8 minutos, após um canto, Bryan Ruiz foi pouco prudente a agarrou Luisão. Foi daqueles lances que acontecem dezenas de vezes num jogo e depende sempre do critério do árbitro assinalar ou não falta – Carlos Xistra achou que não havia motivos para isso. Logo a seguir após uma excelente recuperação de Adrien, este abriu muito bem em Teo que permitiu a intervenção de Júlio César mas impôs logo o corpo e marcou!
O Benfica intranquilizou-se, o Sporting começou a trocar a bola com grande categoria e marcou o 2º golo aos 21 minutos numa excelente cabeçada de Slimani depois dum ótimo cruzamento de Jefferson. Aos 36 minutos veio o 3-0 por Bryan Ruiz na recarga a um belíssimo remate de Slimani para boa defesa de Júlio César.
Quem esperasse uma 2ª parte de grande reação benfiquista enganou-se redondamente. O Sporting no 2º tempo não marcou mas jogou ainda melhor, com uma posse de bola magnífica fruto da excelente qualidade do seu meio-campo. Jefferson aos 57 minutos quase marcou. O Benfica também esteve perto de reduzir aos 68 após erro de Naldo (mas Rui Patrício opôs-se de forma soberba ao remate de Raúl Jiménez) e mesmo no final Luisão esteve pertíssimo de fazer um auto-golo numa atraso absolutamente disparatado mas Júlio César, muito rápido, defendeu de forma magnífica.
O final chegou com o triunfo leonino por 3-0 após uma exibição brutal e uma superioridade claríssima, dando a impressão que o resultado poderia ter sido bem mais elevado.
Individualmente foi difícil destacar alguém numa equipa que esteve toda ela num nível altíssimo. Rui Patrício não cometeu nenhum erro e esteve seguríssimo em todo o jogo (valha a verdade que pouco teve de fazer); João Pereira teve muito trabalho perante Gaitán mas saiu-se quase sempre bem; Paulo Oliveira imperial (como era costume); Naldo quase ao mesmo nível do seu companheiro de setor – com o senão do erro na 2ª parte que quase possibilitava o golo ao Benfica; Jefferson excelente a defender e a atacar, e com assistência primorosa para o 2-0. No meio-campo William a pautar o jogo com enorme categoria e a gerir quase sempre bem os tempos de jogo; João Mário (o melhor em campo) a destacar-se de toda a gente na classe com que geriu a posse de bola e fez funcionar todo o setor; Adrien extremamente voluntarioso e fundamental na abertura do marcador com a bela recuperação e a excelente abertura para Teo; Bryan Ruiz marcou o 3º e deu muito que fazer à defesa encarnada. No ataque Teo teve o grande mérito de abrir o ativo (mas não se ficou por aí, criando sempre problemas); Slimani foi, a par de João Mário, o melhor do conjunto, com uma voluntariedade enorme, fazendo um belo golo de cabeça, estando na génese de outro. Aquilani e Gelson não tiveram tempo para grandes destaques.