26 de Janeiro de 1980. Analisando para a comunicação social de forma profunda o momento atual do Sporting, o presidente João Rocha afirmava que o passivo do clube andava pelos 89.000 contos mas que o seu ativo era superior a 300.000, pelo que não havia motivos para grandes apreensões.

O líder sportinguista declarou ainda que o Sporting era vítima de grande incompreensão oficial, por oposição ao Benfica, para quem tudo era facilitado. Disse ele que “Para o Benfica é tudo deferido em 2 meses e para o Sporting, ao fim de 16 meses, nem um caracol!”

Fazendo um auto-elogio, Rocha referiu que quando assumiu a presidência do clube ninguém o queria fazer, e que no clube de Alvalade arriscou o seu esforço, a sua vida e o seu dinheiro. Apesar dos êxitos ecléticos do clube serem uma constante, o Futebol (que até acabaria esse ano por conseguir o título) não ía propriamente de vento em popa, pois os sucessos escasseavam. Talvez por isso João Rocha estivesse ligeiramente desencantado e procurasse encontrar uma sucessão para o seu “reinado”.

Tudo mudou 8 meses depois após um conjunto impressionante de êxitos para a coletividade. Numa Assembleia Geral apoteótica João Rocha foi reconduzido no seu cargo, voltando a “sonhar” com a Sociedade de Construções e Planeamento, que pretendia criar no Sporting uma verdadeira cidade desportiva.

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