Ricardo Filipe de Sousa Dias Macedo de Oliveira nasceu a 24 de Outubro de 1981 no Porto (Sé). Começou a jogar Ténis de Mesa com 6 anos no FC Porto. A irmã já lá jogava, e quando ia lá buscá-la com o pai ficava sempre a brincar com a raquete, de modo que foi relativamente natural que começasse a jogar! Aliás, já o seu pai jogava a nível regional e tinha uma mesa em casa num anexo – de modo que o mais difícil era o jovem Ricardo não começar a praticar também! Aos 10 anos ganhou o seu 1º titulo nacional individual – na categoria de iniciados, e aos 12 já era atleta de “percurso de alta competição”.
Por essa altura foi às escolas de futebol do FC Porto, aos treinos de captação. Até ficou aprovado, mas as duas coisas que retém desse dia foi o facto de lhe roubarem as sapatilhas no balneário e de ter ficado com a impressão que só quiseram ficar com ele por ser irmão de quem era (Rui Jorge, futebolista do clube). Ficou então decidido que o seu desporto era definitivamente o Ténis de Mesa!
Tinha ainda 12 anos quando o Porto fechou a secção da modalidade, e por isso foi para o Grupo Dramático do Monte Aventino (aliás como quase todos os jogadores e treinadores que estavam no Porto), que ficava mesmo ao lado do estádio das Antas.
Dos 12 aos 19 anos ganhou títulos nacionais em todas as classes, tanto individuais como pares e pares mistos, e foi sendo sempre atleta de seleção. O Monte Aventino era um clube muito simples, de bairro, mas com pessoas absolutamente devotas à causa, e que faziam os seus atletas sentir-se muito especiais. Apesar de alguns convites, nunca teve a tentação de sair durante esse espaço de tempo.
Mais tarde, já como sénior, aos 19 anos, e porque o clube desceu de divisão e precisava de continuar a evoluir, transitou para o Estrela da Amadora (um grande do Ténis de Mesa português) onde estava o seu maior ídolo nacional – Ricardo Roberto, e a verdade é que por ação do treinador Virgílio Nascimento eram todos muito unidos, o que ajudou à sua transição para a capital todos os fins de semana para jogar – ficava regularmente em casa dos Apolónias, e estava convicto de que tinha tomado a decisão correta.
Nesse ano foi campeão nacional de individual de seniores, ao ganhar na final, precisamente, a Ricardo Roberto.
No ano seguinte foi abordado pelo Sporting (e já não era a 1ª vez), por Adérito Ribeiro, que o convenceu a trocar o grande Estrela da Amadora pelo colossal Sporting Clube de Portugal. Afirma que nunca irá esquecer as palavras de Pedro Miguel, que na altura lhe disse: “Podes jogar em todos os clubes, mas nenhum, alguma vez, vai chegar aos pés do que é seres jogador do Sporting”. Era aquilo que pensava ser o culminar de uma vida de Ténis de Mesa. Estava no maior clube da modalidade, um gigante Nacional, e com o seu irmão na equipa de futebol. Sentia que estava tudo onde era suposto estar!
Assim, Ricardo Oliveira chegou ao Sporting no início da temporada 2001/02, e logo contribuiu para o triunfo na Supertaça (3-1, precisamente, ao Estrela da Amadora). Nessa 1ª temporada de verde e branco foi logo campeão nacional coletivo e também campeão nacional de pares (ao lado de João Pedro Monteiro).
Era o início dum longo e fantástico percurso em Alvalade, que durou até 2013. Nesse espaço de tempo ganhou, a nível coletivo, 6 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal e 6 Supertaças – assumindo-se como o mais incontornável atleta da modalidade do clube na 1ª década deste século.
A nível individual foi 3 vezes campeão nacional de pares – 2002 e 2003 (com João Pedro Monteiro) e 2006 (com Ricardo Roberto).
Assim, desde os 20 anos até aos 31 o Sporting foi a sua 2ª casa, a sua 2ª família, e afirma que o Sporting é um clube ao qual ficará para sempre agradecido por tudo o que lhe deu na vida! Nas suas próprias palavras: “Fiz-me Homem no Sporting, fiz amigos para a vida, e tive diretores (dos quais tenho de destacar o Sr. Miguel Almeida) que foram como meus pais!”
Entretanto licenciou-se na Faculdade de Arquitetura do Porto.