13 de Dezembro de 1936. Jogava-se a última jornada do Campeonato Regional de Lisboa. Com 1 ponto de atraso para o Benfica, o Sporting recebia o temível Belenenses (a 2 pontos dos benfiquistas e ainda com hipóteses de conquistar o título), enquanto o Benfica se deslocava à Tapadinha para defrontar o Carcavelinhos. Teoricamente o Benfica tinha tudo para ser campeão, mas…
No Campo Grande, sob o comando de Wilhelm Possak, o Sporting alinhou com: Azevedo; Jurado e Joaquim Serrano; Alcobia, Rui de Araújo e Faustino; Mourão, Pireza, Soeiro, Francisco Lopes e João Cruz.
O Sporting entrou muito bem fazendo o golo solitário da partida logo no 1º minuto. Em contra-ataque João Cruz fugiu pela esquerda e centrou. Uma amálgama de jogadores saltou à bola, que acabou por bater no poste e ser rechaçada para a frente. Surgiu então o inevitável Soeiro a empurrá-la para a baliza.
O Sporting dominou todo o 1º tempo, criando as principais oportunidades de golo, com destaque para as situações perdidas pelo seu avançado-centro.
Na 2ª parte os leões mantiveram o ritmo. Com Soeiro em grande destaque, os verde e brancos criaram diversas chances para aumentar a contagem, mas sem sucesso. No último minuto, na sequência dum canto de João Cruz, Alcobia marcou mais um golo, anulado pelo árbitro José António Deniz sem razão aparente.
No final, vitória por 1-0. Nos leões a defesa chegou e sobrou para o ataque belenense. Os 3 médios estiveram em grande plano tanto em termos defensivos como atacantes. O ataque esteve a um nível somente razoável com exceção de Soeiro (apesar dos vários golos perdidos na 1ª parte), que foi a grande figura da equipa pelo muito que incomodou a defensiva azul.
A melhor notícia da tarde ainda viria depois. É que o Carcavelinhos vencera o Benfica por 2-1, entregando em “bandeja de prata” o 1º tetra-campeonato do futebol lisboeta ao Sporting Clube de Portugal (11º no total)!
foto – uma imagem do jogo decisivo do Regional.