1954 – Tetracampeões Nacionais de Futebol, um feito (até aí) inédito

25 de Abril de 1954. Nesse dia o Sporting cometeu a proeza de alcançar, pela 1ª vez em Portugal, o Tetracampeonato Nacional. A partida disse respeito à 23ª jornada da prova e disputou-se em Marvila frente ao Oriental. Os leões, orientados Jozef Szabo (com supervisão técnica de Tavares da Silva) alinharam com: Carlos Gomes; Caldeira, Passos e Galaz; Janos Hrotko e Juca; Hugo, Vasques, Martins, Travassos e Mendonça. Logo no 1º minuto a baliza de Azevedo (esse mesmo, o antigo herói leonino) esteve em perigo – Mendonça centrou por alto e Martins obrigou o guardião local a uma bela defesa. 3 minutos depois foi Leitão a criar perigo para as redes de Carlos Gomes, e a partida ganhou animação. À vivacidade dos locais respondia o Sporting com um jogo largo e consequente. A bola, primeiramente trabalhada pelo triângulo defesa-médio-interior, seguia para o triângulo médio-interior-extremo, para por fim aparecer à frente dum atacante em corrida e quase sempre em posição de remate. O jogador leonino que estava na posse do esférico tinha sempre 2 colegas desmarcados e prontos a apoiá-lo, permitindo-lhe assim o recurso à triangulação. Aos 19 minutos surgiu o 1º golo, e um grande golo! Hugo, na raça, levou a melhor sobre Romero junto à linha lateral, centrou com força e Travassos disparou inapelavelmente a bola – que foi como uma bala bater num dos postes e anichar-se na baliza. Depois dum lance muito discutido na área leonina, no qual o árbitro marcou livre direto sobre o risco da mesma, o Sporting fez o 2-0 perto do intervalo. Após boas intervenções de Passos e Mendonça, Martins esgueirou-se e...

1954 – Um caso de paixão

25 de Abril de 1954. Luís Costa era um menino da Guiné Bissau que vivia com a sua mãe naquela terra e que desde muito pequenino virou “leão”. Eram já tantos os anos em que ele ouvia que o Sporting era Campeão, que o Luís jurou a si mesmo que não haveria de morrer sem ver jogar o seu famoso Sporting. Um belo dia viu o “Alfredo da Silva” encostado ao cais de Bissau, soube que o barco ia arrancar para Lisboa e não pensou mais. Esgueirou-se lá para dentro e escondeu-se na casa das máquinas. Como não podia deixar de ser foi descoberto, já em pleno alto mar, e levado à presença do comandante, que determinou entregá-lo às autoridades logo que chegassem a Lisboa. Entretanto, durante o resto da viagem, o simpático e obstinado Luís só granjeou simpatias, mas como lei é lei, foi mesmo entregue à polícia e detido nos calabouços do Governo Civil de Lisboa, precisamente no dia em que o Sporting jogava com o Oriental em Marvila para o Campeonato Nacional. Só que, por diligências de 3 sócios do clube que souberam da história, o negrito realizou o seu sonho e, antes de ser recambiado para a Guiné, viu o Sporting jogar e ganhar (conquistando o título nacional). Ao jornal “Mundo Desportivo”, o pequeno Luís afirmou: “Vi jogar o Sporting, agora já me posso ir embora. Realizei o maior desejo da minha vida!” No fim do encontro, Mário Cunha Rosa e José de Sousa, da Comissão da Sede, levaram-no ao balneário e proporcionaram-lhe a alegria imensa de conviver com os jogadores. Como chovia, deram-lhe a...

1948 – 4-1 ao Benfica (poker de Peyroteo), decisivos para o título!

25 de Abril de 1948. Para ter francas hipóteses de revalidar o título de Campeão o Sporting precisava naquela tarde de vencer o Benfica, no Campo Grande, por mais de 2 golos de diferença. Parecia uma tarefa dificílima, mas com os argumentos de que dispunha, tudo se tornava viável para esta equipa do Sporting! O ambiente no seio do clube não era dos melhores. Na véspera da partida alguns dirigentes leoninos acusaram o técnico Cândido de Oliveira de estar a delinear um táctica suicida para favorecer o clube do seu coração. Cândido virou-lhes as costas e no dia seguinte, o do jogo, surgiu algo distante junto aos seus jogadores. Não lhes ministrou qualquer palestra limitando-se a pedir-lhes que fossem eles próprios. A equipa: Azevedo; Álvaro Cardoso e Juvenal; Canário, Larguinho Moreira e Veríssimo; Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano. A vitória sportinguista admitia-se apesar da boa fase benfiquista e do período de menor fulgor leonino. Os leões fizeram um jogo veloz, chegavam quase sempre primeiro aos lances, com um acerto notável e uma forma física apuradíssima. A equipa funcionou como um bloco massiço e ficou a dever a si própria uma vantagem mais clara. Só no 1º quarto-de-hora os benfiquistas conseguiram lutar de igual para igual, e só nos últimos instantes da partida forçaram para tentar anular a vantagem leonina no “goal-average” entre as duas equipas. O Benfica até entrou bem, mas aos 13 minutos, em contra-ataque, e beneficiando dum falhanço de Contreiras, Peyroteo cabeceou e Jacinto salvou sobre o risco. Logo a seguir surgiram duas belas defesas de Azevedo (esteve esplêndido no pouco trabalho que teve de fazer), e...

1996 – Octávio eliminou Bobby Robson da Taça de Portugal

24 de Abril de 1996. Neste dia, o Sporting venceu o Porto numa partida emocionante, realizada em Alvalade, a contar para as meias-finais da Taça de Portugal. O sorteio ditara o duelo para as Antas, onde regressava Octávio Machado, agora como técnico principal dos leões. Os portistas, de Bobby Robson, comandavam destacadíssimos o Campeonato Nacional enquanto o Sporting passava uma fase de grandes transições, com novo presidente, novo vice-presidente para o Futebol e novo treinador… Nesse dia o Sporting deu uma enorme demonstração de força. À meia-hora Pedro Barbosa fez o 1-0 após um excelente passe de Pedro Martins e executando um chapéu magnífico ao guardião sueco Eriksson, depois de desenvencilhar-se de Paulinho Santos. O Sporting fez um belo jogo, atuando como um harmónio, mas aos 90 minutos, na sequência dum livre inexistente nas imediações da área leonina, Jorge Costa empatou a contenda, e o prolongamento não trouxe nada de novo. Depois veio o jogo de desempate em Alvalade. A partida foi intensa e mais uma vez foram necessários 120 minutos. O Sporting fez uma 1ª parte de grande domínio, conseguindo empurrar os portistas para a sua área em largos momentos da contenda, mas o golo não surgiu. O 2º tempo foi mais cerebral. A equipa não quis correr muitos riscos pois uma desatenção poderia ser fatal, mas ainda assim surgiram boas oportunidades para os 2 lados, sobretudo para o Sporting, que forçou mais o ataque após a expulsão de Secretário. Aos 107 minutos veio o momento do jogo. Ouattara ultrapassou Aloísio e colocou o esférico no interior da área em Pedro Barbosa. O médio leonino rematou contra Emerson, a...

1966 – Andebol de Onze ganha Campeonato Nacional pela 3ª vez

24 de Abril de 1966. Neste dia o Sporting concluiu a sua participação no Campeonato Nacional de Andebol de Onze – que conquistou pela 3ª vez. Os leões terminaram a fase final da competição com 6 vitórias em 6 jogos, frente a FC Porto, Salgueiros e Almada. Na penúltima partida os leões garantiram o título ao derrotarem o FC Porto por 11-5 em Alvalade. No último confronto, os sportinguistas deslocaram-se a Almada e venceram por 9-7. O Sporting esteve a perder por 4-0 mas reagiu bem chegando ao intervalo já com uma desvantagem mínima. Na 2ª parte o equilíbrio foi evidente, conseguindo os leões, devido à sua melhor preparação física, uma bela vitória. A equipa presente nesse jogo decisivo foi a seguinte: Góis; Mesquita, Pardal e António Marques (2); Gonçalves (1) e Martins; Jorge Feist (1), Anaia, Pedro Feist (2), Castanheira (2) e M. Marques (1). Os sportinguistas marcaram 60 golos e sofreram 34 nos 6 jogos desta fase final. Depois de ter sido campeão em 1961 e 1965, o Sporting obteve o seu 3º título nacional, façanha que também obteve no escalão junior. De realçar ainda que, se a nível nacional o Andebol de Onze do Sporting ía apenas no seu 3º título, já no âmbito regional a superioridade era esmagadora, tendo a equipa verde e branca conquistado em Março de 1966 o seu 23º Campeonato (seguiam-se Benfica e Belenenses com apenas...

1966 – 4-0 ao FC Porto e o título à vista!

24 de Abril de 1966. À 25ª (e penúltima) jornada do Campeonato Nacional, o Sporting (em luta palmo a palmo com o Benfica) recebeu o FC Porto no Alvalade. Os benfiquistas anunciaram que cada jogador portista receberia 20 contos em caso de vitória em Alvalade, mas de nada serviu o “canto de sereia”. De referir ainda que este foi o 4º jogo consecutivo entre estes 2 “gigantes” do futebol nacional, pois nos 15 dias anteriores tinham disputado entre si os quartos-de-final da Taça de Portugal, nos quais o Sporting levara a melhor ao 3º jogo (de desempate). Comandados por Otto Glória, os leões alinharam com: Carvalho; Morais, Alexandre Baptista, José Carlos (cap) e Hilário; Dani e Peres; Rudolfo Seminário, Lourenço, Figueiredo e Oliveira Duarte. O Sporting abriu o ativo aos 40 minutos, por intermédio de Oliveira Duarte. O golo provocou protestos efusivos dos portistas, sobretudo de Américo, que se queixou de ter sido carregado e impossibilitado de defender uma recarga, acabando expulso e substituído na baliza pelo avançado Carlos Manuel: “O árbitro para me expulsar, teria de expulsar toda a equipa. Todos protestámos e todos sem falta de respeito”. A partir daí, como é natural (e numa altura em que ainda não havia substituições) as coisas facilitaram-se para os sportinguistas. Aos 48 minutos Figueiredo fez o 2-0. Os 3º e 4º golos foram da autoria de Lourenço, aos 67 e 72 minutos. Com este triunfo o Sporting partiu para a última jornada com 1 ponto e 7 golos de vantagem do Benfica. Na Póvoa de Varzim tudo se iria jogar, e jogou-se a favor do...

2011 – Triunfo na Taça de Portugal de Ténis de Mesa com 3-0 ao São Roque

23 de Abril de 2011. Em prova que decorreu neste dia, uma 6ª feira, no Pavilhão do Casal Vistoso, o Ténis de Mesa do Sporting conquistou a sua 26ª Taça de Portugal. A equipa constituída por André Silva, Ricardo Oliveira, Bode Abiodum e Li Yang triunfou nos quartos-de-final perante o Juncal, por 3-0. Nas meias-finais, os leões voltaram a vencer claramente (3-0) frente o Toledos e na final o derrotado foi o grande rival – São Roque, também por 3-0. Foi uma conquista magnífica para os verde e brancos comandados por Chen Shi-Chao, que se mostraram em excelente...

2010 – João Pina sagra-se Campeão Europeu de Judo

23 de Abril de 2010. O sportinguista João Pina sagrou-se Campeão da Europa de Judo na categoria de -73 kg, ao derrotar o russo Batradz Kaitmazov na final, em Viena. Este foi o seu melhor resultado de sempre – tinha como principal feito o 2º lugar no Europeu de juniores em 2000, no Chipre. João Pina chegou à final depois de derrotar Zaza Kedelashvili, nas meias finais, por ippon. O georgiano foi campeão nos Europeus de Lisboa, em 2008, quando ainda competia no peso inferior (-66 kg). Para ali chegar, o português tinha ganho a “poule” B, ao sair vitorioso de 3 combates, o 2º dos quais frente ao então vice-campeão europeu, o holandês Dex Elmont. O judoca do Sporting começou por derrotar o checo Jaromir Jezek (waza-ari), depois venceu Elmont (waza-ari) e, finalmente, o polaco Krzystof Wilkomirski, pela pontuação máxima (ippon). Dex Elmont tinha a curiosidade de ter afastado o judoca português no único confronto na carreira de ambos, nos Europeus do ano anterior, em Tbilissi, na Geórgia. À chegada ao aeroporto de Lisboa João Pina foi recebido com entusiasmo por muitos amigos e admiradores. O Sporting fez-se representar por Mário Patrício, diretor-geral das modalidades do clube. A Juventude Leonina também fez questão de receber com cânticos o judoca...

1961 – Finalmente, Campeões Nacionais de Andebol de Onze

23 de Abril de 1961. O Sporting foi a 1ª equipa a jogar Andebol de Onze em Portugal. Finalmente, neste dia, os leões alcançaram o objetivo máximo – título de campeões nacionais, ao empatarem com o Benfica por 8-8 na última jornada. A partida disputou-se no Campo Grande e o Sporting necessitava pelo menos dum empate para festejar finalmente o título quebrando uma longa hegemonia do FC Porto. Para esta partida decisiva, a equipa leonina não pôde contar com 2 dos seus principais jogadores – os irmãos Santos. O Benfica conseguiu ser mais perigoso na 1ª parte e chegou a 6-3 logo nos primeiros minutos do 2º tempo. O Sporting, fazendo entrar Gonçalves (uma grande promessa), voltou ao ataque e em poucos minutos ficou a ganhar 7-6. Os instantes finais foram de grande emoção, em parada e resposta, tendo os encarnados empatado a partida a 8 golos mesmo nos últimos segundos. No final foi natural a festa entre os jogadores sportinguistas e do seu dirigente Eduardo de Oliveira Martins, antigo praticante da modalidade. Durante este jogo viveram-se momentos de grande expetativa, os segundos eram longos como horas, vivia-se grande ansiedade e todos olhavam para o relógio. Quando o árbitro apontou o caminho dos balneários uma enorme salva de palmas ecoou pelo velhinho peão do Campo Grande. Seguiu-se uma volta ao campo de consagração, braços no ar, saltos de contentamento, lágrimas de alegria e muitos vivas nas hostes leoninas – um verdadeiro Carnaval. O treinador Raúl Vidal não tinha 1 segundo de descanso, retribuindo os abraços de parabéns. A rapaziada entretanto cantava o hino que fez seu: “Eu estava na peneira,...

Miguel Maia

Luís Miguel Barbosa Maia nasceu a 23 de Abril de 1971 em Espinho. Cedo mostrou grande talento para o Voleibol (onde viria a atingir 156 internacionalizações) e o seu coração “verde e branco” tinha o sonho de jogar em Alvalade. No início da época 1991/92, quando já era a grande estrela portuguesa (depois de passagens por Académica de Espinho e Esmoriz), foi contratado por Sousa Cintra com o objetivo de formar uma grande equipa de Vólei capaz de voltar a arrebatar títulos nacionais (o Campeonato da época anterior tinha sido ingloriamente perdido, mas tinha-se ganho a Taça de Portugal e a Supertaça). Com 1m80cm de altura Miguel Maia compensava o facto de não ser muito alto (para a modalidade) com uma visão de jogo, técnica e sentido posicional extraordinários que faziam dele um distribuidor de grande classe. Quando nos primeiros dias de Maio de 1992 o Sporting venceu o Sp. Espinho na nave de Alvalade por entre um ambiente de verdadeira loucura alcançando o título nacional – 36 anos depois, Miguel Maia viu um sonho realizado, e para si se viraram grande parte das objetivas, como principal figura da equipa. No ano seguinte o título máximo em Portugal voltou a ser leonino, e aí foram significativas as palavras de Maia: “Se fosse possível, gostaríamos de passar uma parte das nossas vitórias para o futebol, que não existem, talvez por infelicidade. Estamos com o presidente Sousa Cintra, e gostaríamos que o Voleibol fosse o espelho do Sporting. Que o clube alcance êxitos em todas as modalidades, principalmente no Futebol”. Entretanto os convites para mudar de ares surgiam em catadupa e...

2011 – João Pina e Joana Ramos brilharam nos Europeus de Judo

22 de Abril de 2011. João Pina sagrou-se neste dia Campeão Europeu de Judo, na categoria de -73 k. O Europeu decorreu em Istambul – Turquia, e o judoca do Sporting não poderia ter tido melhor prestação, dado que venceu todos os seus adversários por “Ippon”. Até chegar à final o “leão” deixou pelo caminho, na pool D, Castel Danculea, Mitar Mrdic, Elmont Dex. Na meia-final derrotou Vanlioglu Hasan e na final venceu o russo Murat Kodzokov. Entretanto, no dia anterior, a leoa Joana Ramos foi vice-campeã na categoria de -52 kg. Depois de ter ganho a Poule D de apuramento, ultrapassou, na 1/2 final, a britânica Sophie Cox, mas, no combate decisivo, não conseguiu vencer a francesa Penelope Bonna, ficando, assim, com a medalha de...

1995 – 11 títulos nacionais consecutivos no Ténis de Mesa

22 de Abril de 1995. Com um triunfo por 4-0 sobre o Vitória de Setúbal o Sporting garantiu a conquista do seu 11º título nacional consecutivo de Ténis de Mesa, algo que continua a ser inédito na modalidade em Portugal! João Portela, Pedro Miguel, Rogério Alfar e Chen Shi-Chao foram os “mágicos da raquete” que possibilitaram a conquista deste magnífico recorde. Pedro Miguel foi o incrível totalista deste feito. Chen Shi-Chao, em Alvalade desde 1989/90, conquistou 6 títulos, Rogério Alfar veio em 1992/93 e festejou 3, Tiago Rocha (promissor junior) estreou-se na lista dos vencedores. João Portela regressou ao Sporting este ano e festejou o seu 7º título. Não esquecer ainda Nuno Dias, o 2º mais vencedor, que esteve presente nas 9 primeiras destas 11...

1956 – Walter e Travassos em foco num triunfo “em homenagem a Scopelli”

22 de Abril de 1956. Uma semana antes Alejandro Scopelli despedira-se de técnico da equipa de futebol do Sporting com um empate em Coimbra a uma bola. Abel Picabêa seria o novo treinador, mas entretanto era o técnico dos juniores – Anselmo Pisa, que orientaria a equipa na receção ao FC Porto (travava um luta tremenda, que viria a vencer, com o Benfica pela conquista do título nacional). Muito entusiasmados, os portistas “invadiram” Lisboa alugando um avião e partindo de Campanhã em diversos combóios rumo à capital. Com tiques “futuristas” o irrascível treinador brasileiro dos portistas – Yustrich, proibiu os seus jogadores de falar aos jornalistas. Para o Sporting a partida era mais uma questão de honra, pois a luta pela vitória no Campeonato Nacional estava completamente afastada. A equipa: Carlos Gomes; Caldeira, Passos e Joaquim Pacheco; Walter e Juca; Rocha, Vasques, Miltinho, Travassos e Martins. Logo aos 5 minutos, após boa escapada de Martins pela esquerda, Vasques, sem preparação, atirou ao poste. 10 minutos depois, a canto de Travassos, Walter (foto de arquivo) cabeceou imparavelmente para o fundo das redes -estava feito o golo solitário do encontro. À passagem da meia-hora, talvez a melhor jogada da partida. Rocha teve uma ótima iniciativa pela direita e centrou, Martins rececionou bem e disparou com “selo de golo”, mas a bola bateu no poste. O intervalo chegou assim com 1-0, muito curto para o volume de jogo produzido pelas equipas. Logo no início da 2ª parte os portistas tiveram a sua 1ª jogada de perigo de todo o jogo. Numa confusão na área leonina a bola acabou por bater na mão de Walter,...

1945 – Vitória clara e demonstração de desportivismo no Porto

22 de Abril de 1945. Depois dum empate em casa (0-0), o Sporting foi ao Porto discutir a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal, uma competição que os leões viriam a vencer após disputadíssimos jogos. Joaquim Ferreira era o treinador sportinguista, tendo a equipa alinhado com: Azevedo; Álvaro Cardoso e Manecas; António Lourenço, Octávio Barrosa e Veríssimo; Jesus Correia, António Marques, Peyroteo, Albano e João Cruz. Após o empate em Lisboa era natural o entusiasmo e a esperança do povo portista em relação à passagem da eliminatória. No entanto, o Sporting esteve irresistivel. Aos 6 minutos Peyroteo inaugurou o marcador, mas aos 31 Gomes da Costa empatou a contenda. Na 2ª parte os verde e brancos não deram qualquer hipótese, marcando aos 55 (Albano – foto de arquivo), 68 (Albano) e 75 minutos (Peyroteo). Aos 80 o jogador da “casa” Octaviano foi expulso, iniciando-se aí graves tumultos. Após o triunfo claro por 4-1 os jogadores leoninos foram impedidos por uma multidão, no final da partida, de sairem do campo. O terreno dos portistas ainda foi interdito, mas depois a Federação Portuguesa de Futebol acabou por levantar o castigo. Em era de grande desportivismo escreveu-se no jornal “Sporting” que: “Nenhum ressentimento ficou no Sporting para com o FC Porto dos lamentáveis factos ocorridos no 2º jogo com aquele clube. Não teve o clube culpa alguma desses factos e não estava na sua mão evitá-los. Por isso o Sporting se regozija com a decisão tomada pela FPF e que vem facilitar ao FC Porto o problema das suas práticas desportivas, em especial o futebol. Isso porém não nos impede de recordarmos com...
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