António Mário Imbelloni di Leo nasceu a 25 de Agosto de 1924 em Lanús – Argentina. Com 15 anos tornou-se profissional de futebol alinhando no San Lorenzo de Almagro, clube pelo qual se sagrou campeão argentino. A sua equipa veio à Europa em 1951 espalhar o imenso “perfume” do seu futebol, e após ter derrotado a Seleção de Espanha por 6-1 no Santiago Barnabéu, Imbelloni foi contratado pelo Real Madrid onde não se conseguiu impor devido ao excesso de estrangeiros. Veio então para Portugal para alinhar no Atlético CP, e logo na altura começou (em determinadas fases) a acumular a função de jogador com a de treinador.
A 10 de Junho de 1956 vestiu a camisola do Sporting (foi um dos jogadores convidados pelos leões) na inauguração do Estádio Alvalade de 2ª geração. Algum tempo depois passou a treinar as camadas jovens leoninas. A 15 de Março de 1959 estreou-se como treinador da equipa principal (na penúltima jornada do Campeonato) em substituição de Enrique Fernández. O início foi o melhor pois derrotou o Benfica por 2-1. Ficou em funções até ao final da temporada realizando toda a Taça de Portugal onde chegou até às meias-finais (eliminado pelo Benfica).
Para a época seguinte a direção leonina comandada por Brás Medeiros contratou Fernando Vaz, pelo que o argentino voltou à orientação dos juniores. No entanto, a 24 de Janeiro de 1960, regressou como técnico principal. Reestreou-se magistralmente, com 6-1 ao FC Porto (a maior vitória de sempre do Sporting frente ao Porto para o Campeonato), e apesar de ter feito uma carreira perto da perfeição acabou substituído por Alfredo González após uma derrota por 4-3 na Luz (que decidiu o título) numa tarde muito infeliz do guarda-redes Octávio de Sá.
Seguiu-se uma carreira longuíssima na qual orientou clubes como a Académica, Marinhense, FC Barreirense, Atlético CP, Braga, Famalicão e Vitória de Guimarães, entre outros. Em determinado período esteve de volta ao seu país, onde treinou o Ferrocaril Oeste e o Atlético Huracán.
Vários dos futebolistas por ele orientados afirmam que foi dos técnicos que mais os marcou. Apesar de não ser um treinador “diplomado” (o que gerou alguma polémica em Portugal) tinha um conhecimento profundo do jogo e um relacionamento humano que não deixava ninguém indiferente.
MÁRIO IMBELLONI como treinador do SPORTING | |||||||
ÉPOCA | J | V | E | D | GM | GS | % |
1958/59 | 10 | 6 | 0 | 4 | 23 | 15 | 60 |
1959/60 | 12 | 10 | 1 | 1 | 49 | 11 | 87,5 |
TOTAL | 22 | 16 | 1 | 5 | 72 | 26 | 75% |